sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Depois de uma noite que não durou demasiado entre danças e risos e copos a mais, sentados no parapeito da varanda do miradouro, ainda meio alegres e a rir de coisas sem sentido, este era o sítio ideal para sossegar.
Estava frio, por isso ela usava por cima do seu vestido curto o camisolão dele, cinzento e quase tão grande como o vestido. O cabelo dela apanhado numa trança já pouco definida. Ele, em t-shirt parecia não sentir o frio da madrugada.
Com o rio ao fundo e toda uma imagem indescritível de Lisboa nada mais parecia importar do que aquele momento. Ali e Agora.
Cruzaram os olhares. Ele pegou-lhe nas mãos e deu-lhe um beijo na testa. Ela sorriu e encostou-se ao ombro dele. E assim ficaram a ver o sol nascer, estranhamente nenhum dos dois o tinha feito antes. O dia começava a nascer. O silêncio de uma cidade agitada ainda permanecia,ao longe ouvem-se os pássaros a despertar.

Mas nunca ninguém os viu realmente.

1 comentário:

  1. Histórias imaginadas, provavelmente, ao calor de uma lareira. Simples historietas de amor, do pindérico amor que constantemente nos assalta. Fantasias voltadas para esse sentimento tão, para muitos, banal, mas que ao mesmo tempo consideram o grande causador das nossas lamúrias. Oh triste ser, que te apaixonas por belos contos amorosos e te deixas levar por copos, paisagens e olhares.
    Desejo tentador, sem dúvida; mas será que concretizável? Sim, respondendo-te à possível pergunta que erra sem resposta em tua alma. Um dia concretizar-se-á. E quem sabe, se não mais perfeito.
    ‘O tempo o dirá’. E que o diga com calma, para que não haja enganos, vícios e sorrisos inversos.
    Amar não custa. O que custa é saber amar.

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